Sindicatos representantes dos servidores públicos do Estado realizam um ato público neste sábado, 6, a partir das 9h, na Concha Acústica da cidade, para protestar contra a proposta do governo Ratinho Junior apresentada na quarta-feira (3/7). Consciente de que a perda salarial dos servidores já passa dos 17%, o governador causou revolta nos servidores ao propor a reposição escalonada de apenas 5%, a ser pago em três anos e congelando a data-base até 2022.
A proposta do governador também condiciona o pagamento da parcela de 2022 ao crescimento de 7% da receita líquida do estado em 2020, algo praticamente impossível diante do cenário do país, cuja expectativa de crescimento da economia para este ano é de apenas 0,5%. O governador propôs ainda o fim da licença prêmio dos servidores.
Para Márcio André Ribeiro, presidente da APP Sindicato Londrina e integrante do comando de greve estadual, a proposta do governo é uma afronta à categoria. "Esta proposta se configura como um desrespeito as mais de 280 mil famílias de servidores públicos paranaenses, da ativa e aposentados. Estamos há 42 meses com nossos salários congelados, por isso temos de continuar em greve para forçar uma negociação", disse Ribeiro.
Já o presidente da Sindicato dos Professores da Universidade Estadual de Londrina - Sindiprol/Aduel, Ronaldo Gaspar garante que a "intransigência do governador Ratinho empurrou todas as categorias para a greve e para as ruas, diante disso, não resta outra saída senão a greve e a intensificação das lutas ", declarou
Arnaldo Mello, presidente da Assuel Sindicato defende as mobilizações para informar a comunidade sobre os motivos da greve. " Estamos convocando os servidores para o protesto deste sábado e na segunda-feria estaremos passando por todos os setores da UEL para conscientizar os servidores sobre a importancia da greve", declarou.
Na UEL não está havendo aulas desde o dia 02 quando a greve foi aprovada em assembleia dos docentes. Já a diretoria da Assuel, após a aprovação da greve nas assembleias do Campus e Hospital Universitário (HU), optou em iniciar a paralelização no dia 08. Os setores essenciais da UEL como hospitais, clínica odontológica e laboratórios de pesquisas, que não podem sofrer descontinuidade, terão seus serviços mantidos para os casos de urgências e emergências.
Para a representante do Sindicato da Saúde do Paraná, Sindsaúde, Elaine Rodella, a proposta do governador está sendo ridicularizada por todo funcionalismo."Perdemos 17% no poder de compra. E o governador apresenta uma proposta de pagar 5% de reposição parcelados nos próximos quatro anos. A categoria interpretou a proposta como um enorme deboche", opinou Elaine.
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